sábado, 5 de novembro de 2011

Ilha















Como eu quero ser essa ilha embalada
Nos infinitos braços do Oceano.
Adormecida ali, mesmo acordada,
Num horizonte altivo, soberano.


As ondas, o meu berço, a minha estrada
Em algodão, sem asfalto profano.
Esses corais, a chama procurada
No colo de um amante mais humano.

É neste céu terreno que me invade
Que eu, ó Mar, te segredo esta vontade
De dormir no teu colo paciente.

Jamais acabe em mim esta paixão
Que me permite viver a ilusão
De me entregar a Ti, sofregamente!

Maria da Fonte

2 comentários:

  1. Continuo encantado com a tua poesia.
    Este soneto é excelente, como sempre...
    Tem um bom Domingo e uma boa semana.
    Beijos.

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  2. Maria, também eu sinto este abraço de afinidade com o mar, com as emoções que ele provoca, e não posso deixar de te dizer: Lindo! Deslumbraste-me com este poema. Estou-te grato por trazeres o mar até mim, ainda que ele esteja aqui tão perto. Um grande beijinho para ti.

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